Dia desses eu estava falando sobre como não devemos levar tão a sério os padrões estéticos e uma moça ficou chateada porque entendeu que eu estava chamando de fútil quem gosta de praticar o autocuidado.
Veja bem, a linha entre as duas coisas é bem tênue. Mas você já deve imaginar que definitivamente eu não estava chamando ninguém de fútil. Mas vamos por partes.
Meio que já sabemos o que é padrão estético, nós crescemos com isso enraizado dentro da nossa cabeça. Por mais que ninguém nunca tenha nos explicado, garanto que quando eu falo pra você imaginar uma mulher bonita, certamente você pensará numa mulher esbelta, jovem, com pele de seda e cabelos sedosos e brilhantes. Não está em um livro, não é uma regra, mas é isso que nossa sociedade entende por mulher bonita.
Autocuidado
Já o “gosto por se cuidar”, que também podemos chamar de autocuidado, é o que a gente faz para nos trazer mais qualidade de vida. Nisso está incluso os cuidados com o corpo, rosto, saúde física e mental.
Dentro das nossas práticas de autocuidado pode estar a rotina de skincare, a aula de yoga, o curso sobre aquele assunto que te interesse ou uma vídeo chamada com as amigas. Tudo engloba o cuidado com nós mesmas.
Mas a linha fina entre o autocuidado físico e os padrões sociais são complicados. E talvez seja por isso que a moça tenha ficado confusa com a minha fala. Naquele dia eu estava falando como seria legal a gente parar de se importar com o tamanho dos nossos poros, pois a vida já andava complicada demais. Alguém sugeriu que isso seria sinal de uma pessoa “relaxada”. Outras tantas concordaram que estamos vivendo momentos difíceis e a cabeça está focada em outras coisas.
Veja, não ligar para o tamanho dos meus poros, é algo que escolhi fazer para mim como um autocuidado, como algo para promover minha saúde mental. Mas para algumas mulheres, o apreço pelo skincare pode ser visto como um cuidado extra com ela mesma. E o caso do “cada um é cada um”.
Veja também uma seleção de óleos essenciais e aromatizadores elétricos para o momento de autocuidado.
Autocuidado x pressão estética
O meu convite, na verdade, é que você questione de onde vem o cuidado extra com o corpo, rosto, cabelos… É porque você gosta desse momento com você mesma e gosta de se dar esse carinho? Ou é porque acredita que precisa fazer tudo isso para se encaixar em um certo padrão estético do que os outros acham bonito? A resposta, já te digo, não é nada fácil de encontrar.
Eu mesma questiono muito as minhas escolhas. Se são realmente coisas que eu quero para mim ou se são coisas que me ensinaram que eu deveria querer assim. Mas o caminho do autoconhecimento é sempre revelador. <3
1 Comentário
Eu penso que quando alguém se ofende com uma fala como essa é pq ela se identificou com a “pior” alternativa. A moça em questão pode não aceitar, mas lá no fundo sabe que se encaixa naquilo e por isso se sentiu “atacada”…
Essa história é só um exemplo de como ainda somos MUITO influenciadas por padrões e algumas pessoas se negam a aceitar isso. Sempre que alguém lança uma reflexão sobre pressão estética ou sobre amor próprio, vem esse povo reforçar seu direito de buscar o que é melhor pra si (com muita cirurgia e procedimentos estéticos). Ninguém tá proibindo nada! Só tão te pedindo pra pensar um pouco e se olhar com mais carinho!