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Relato sincero: minha saga para ter mais qualidade de sono!

29/08/2020
qualidade de sono

Quando era criança, achava que dormir não passava de um desperdício de tempo. Na verdade, vejo que era um jeito de encobrir meu medo de ir deitar e me deparar com um ET saindo pela porta do banheiro (obrigada, Fantástico do anos 90, hahahaha!). Aí veio a vida adulta e esse se tornou um dos meus esportes favoritos – o que não significa que, vez ou outra, não me traz dificuldades.

A real é que a gente vive com milhões de coisas na cabeça e os hábitos de hoje em dia são pouco saudáveis. Trabalhamos muito mais horas do deveríamos, cuidamos da casa, ficamos com a tevê ou o celular na cara o tempo todo… Enfim. Quem nunca ficou fritando na cama, com o corpo pedindo descanso e o cérebro ligadíssimo, que atire o primeiro travesseiro!

É impossível dissociar o que acontece durante o dia com o que rola embaixo dos lençóis (tô falando de sono, mas essa dinâmica serve pra outras coisas também, risos). Mais de 5 anos atrás, quando fui morar sozinha e já estava totalmente dedicada ao CDD, meus horários eram uma loucura! Com a liberdade do home office, ia deitar tipo 3h e acordava belíssima só às 11h.

Naquela época, o esquema parecia funcionar pra mim – produzia melhor à tarde e à noite. Mas aí também perdia algo que hoje considero fundamental: mais horas de sol, de luz, de vida! Demorou um tempo até começar a me sentir indisposta por manter esse esquema. Aí passei a tentar acordar mais cedo, o que automaticamente me levava a ficar com sono num horário mais normal.

Os anos passaram e agora, em 2020, especialmente com a quarentena, comecei a perceber que a sensação de um dia bom, desses que rendem bem, acontecia quando acordava às 7h por razões específicas, já que esse não costumava ser meu horário normal. Decidi então implementar a rotina – ao menos durante a semana – de estar na cama até 23h, no máximo, pra dormir 8h.

Qualidade de sono: cronotipo

É claro que cada pessoa tem seu ritmo e o que funciona para uma não necessariamente é o melhor para outra. Inclusive, tenho a indicação de uma boa forma de você entender como é o seu. Alguns médicos e cientistas chamam isso de cronotipo. Na internet, tem vários testes pra descobrir por meio dos seus hábitos e comportamentos!

Eu fiz um baseado no livro “O Poder do Quando”, fruto da pesquisa de um médico chamado Dr. Michael Breus. Ele divide os cronotipos das pessoas por animais e meu resultado deu urso – ou seja, sou do time que prefere viver o dia e ter uma rotina equilibrada entre trabalho, lazer e descanso. No vídeo abaixo, tem uma explicação melhor sobre o assunto:

A nova rotina tem sido boa para mim, mas não acontece sempre de um jeito perfeito! Ainda mais porque esse momento que estamos vivendo não é fácil e, em algumas situações, a ansiedade bate – por mais que deite na hora certa, não consigo desligar. Eventualmente (e com muita parcimônia!), tomo um indutor de sono receitado pelo psiquiatra, mas evito ao máximo!

O que comecei a trabalhar, então, foi no que se chama de higiene do sono. Quando dá umas 22h, já vou largando o celular, baixo as luzes da casa, tomo um banho quentinho, faço meu skincare, coloco meu pijama e aí, cama! Também gosto de meditar, orar, ler coisas edificantes ou fazer exercícios de respiração. Isso me ajuda bastante!

Monitoramento do sono: Sleep Cycle

Ainda assim, nem sempre as coisas saem como eu gostaria. E é muito louco porque, nesses deslizes (especialmente em épocas de muito trabalho, problemas ou mesmo nos fins de semana), eu consigo ver efetivamente o impacto das noites mal dormidas no meu bem estar! Comecei há uns 20 dias a monitorar meu sono com um aplicativo, então está tudo mais evidente ainda!

qualidade de sono

O app se chama Sleep Cycle e está disponível na App Store e no Google Play. Ele não requer smartwatch pra funcionar, basta deixar o celular perto da cama com o microfone ligado. Na versão Premium, o negócio grava até o ronco! hahahaha Aí dá pra ver quantas horas você ficou na cama, quantas dormiu, a porcentagem de qualidade do sono e a de regularidade, entre outras coisas.

Tô achando fascinante acompanhar minha qualidade de sono, sério! Primeiro porque, embora não sejam totalmente perfeitas, as estatísticas batem com a minha sensação ao acordar. Tem noites em que eu faço tudo certo, durmo rápido, mas a flutuação alta entre sono leve e profundo não me permite descansar direito. E aí entram fatores de agitação que eu sei que estão acontecendo apesar dos meus esforços.

Acho que existem muitos jeitos de melhorar a qualidade do sono e a gente tem sim as ferramentas para isso, mas há coisas também que fogem um pouco do nosso controle. O jeito é ir tentando do jeito que podemos mesmo, né? Eu mesma não cheguei numa fórmula ideal porque curto viver as noites de sexta e sábado, por exemplo, embora isso não seja o melhor pro meu ritmo normal.

Na minha opinião, se conhecer é o primeiro passo – e eu tô feliz por estar buscando, mesmo que com meus tropeços, essa forma de autocuidado! Agora me conta: como andam as suas noites?

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6 comentários

  • responder MARIA ADRIANA ATANAZIO 29/08/2020 às 20:35

    Oi, Thais. Não vou contar toda a saga, mas infelizmente passei por algo que mudou minha vida e minha relação com o sono. Minha mãe foi diagnosticada com bipolaridade e nossa vida virou um inferno em 2011. Até acharem um tratamento adequado ninguém dormiu por uns quinze dias seguidos. Bom, de lá para cá e devido a esse catalisador fui diagnosticada com ansiedade em 2016 e vivi em negação durante uns três anos. Não dormia, na verdade meu cérebro não desligava de jeito nenhum. Engordei, tive dois ataques de pânico até que apareceu a pressão alta e dores de cabeça terriveis. Tentei de tudo para dormir e ter qualidade de sono:
    de suco de maracujá a não comer doce de noite, ouvir músicas calmantes, não olhar celular antes de dormir… Exercícios pra aliviar a tensão, Foi muito difícil. Até que me rendi e procurei ajuda, estou em tratamento desde novembro de 2019, estou tomando remédio para controlar a ansiedade e ele melhora o sono. E tenho percebido que com toda essa situação de pandemia se não fosse a ajuda que procurei eu teria surtado. Não estou dizendo que todo mundo tem que tomar remédio controlado para melhorar sua relação com o sono, mas infelizmente aconteceu comigo. Se vou me libertar do remédio? Não sei, mas sei que o tratamento salvou minha vida. A vocês que não necessitam desse artifício: força, pq a coisa não é fácil! Obrigada pelo espaço e agradeço a paciência

  • responder Amanda 30/08/2020 às 09:21

    Eu também uso esse app e é muito engraçado ver o gráfico dos outros! Eu durmo em 7/9 minutos todo dia, minha curva inicial despenca muito rápido, às vezes penso se não entrei em coma na madrugada hahahaha mas também acordo várias vezes por noite, então a qualidade acaba não sendo tão boa.

    • responder Thais Marques 09/09/2020 às 12:09

      hahahaha Caramba! Eu demoro pelo menos meia hora pra pegar no sono, mas depende do dia. E acordo muito pouco de madrugada, embora tenha acontecido mais agora na pandemia!

  • responder Adriana 03/09/2020 às 09:19

    Será que o App funciona se a gente dorme acompanhada?

    • responder Thais Marques 09/09/2020 às 12:09

      Sim, me parece que na versão premium você consegue fazer uma análise de cada pessoa da cama ao conectar os celulares de ambos no aplicativo – algo assim, não lembro direito! hahahaha

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