autoestima Reflexão

O que aprendi depois de fazer 41 anos

10/11/2019

Completei 41 anos na última sexta-feira e, em meio a gin tônica, brigadeiro e doce de leite, fiquei pensando em como as coisas ainda são confusas sobre o que se espera de uma mulher adulta.

É bem triste, logo depois de eu dizer minha idade pra alguém, as perguntas seguintes são: você tem filho? É casada? Não vai ter filhos? Não quer casar? Tadinha…

Se você é essa pessoa, pare agora mesmo de fazer esses questionamentos. A não ser que o assunto apareça e a moça fale sobre isso, perguntar sobre marido e filhos, além de ser machista, é indelicado.

Toda vez que perguntam coisas assim, eu me entristeço em pensar em como, até hoje, as pessoas esperam coisas da gente sem nem saber se é isso que está nos nossos planos. Esperar que uma mulher adulta seja casada e tenha filhos, é uma ideia antiga, que vem da época que não tínhamos opções. Vem do tempo em que a mulher não podia trabalhar e a única alternativa era ser mantida pelo pai, irmãos ou marido. Você consegue calcular à quanto tempo que as coisas não são mais assim? Pois então.

A questão nem é se eu quero ou não quero casar. Se quero ou não ter filhos. A questão é, por que eu TENHO que ser casada? Por que eu TENHO que ter filhos?

Eu já te respondo na sequência com o pensamento comum: porque até hoje, é essa a definição de felicidade para uma mulher. Uma mulher casada e com filhos “é feliz, está com a vida feita, está realizada”. Já a mulher solteira é “triste, ficou pra titia, ninguém quis ela, é uma encalhada”. Ou seja: para uma mulher, a definição de ser feliz ainda é ter “sido escolhida” por um homem, e ter filhos ainda é o único sinônimo de realização pessoal.

Até hoje, uma mulher adulta sozinha é vista como incompleta, como uma coitada. Veja só, a gente luta a vida toda para crescer um ser humano decente, estuda como louca, batalha para ter um trabalho que nos sustente, faz de um tudo pra pagar os boletos em dia, faz pós graduação, especialização, lê um livro por mês, junta grana pra viajar, cuida da casa, dos dogs, da família, dos amigos. Vive uma vida direitinha, sendo honesta, capaz, tentando atingir todos os nossos planos e sonhos um dia de cada vez. E tudo isso se resume a: e os filhos? e o marido?

Parece que um milhão de realizações não são suficientes, aos olhos dos outros, tudo que importa e o macho do lado e as crianças para cuidar. Não sei pra você, mas pra mim essa adulta soa como uma mulherona lutadora das boas, não como uma coitadinha.

Veja bem, eu entendo e admiro infinitamente as mulheres que querem ou já são mães. E consigo imaginar do fundo do meu coração a alegria imensa que é ter um filho. Imagino que seja uma realização sem precedentes. Respeito de verdade. Só não respeito mesmo a ideia de que TODA mulher tem o desejo de ser mãe. Algumas tem, outras não, e isso deveria ser apenas umas opção pessoal, não uma cobrança da sociedade toda.

Quando minha mãe falava da cobrança sobre a mulher adulta, eu achava que era exagero, mas agora vejo como tudo isso é real. Por mais que eu mesma não me importe com o “precisa ser ou precisa fazer”, ainda é gritante como existe um esteriótipo dentro da cabeça das pessoas.

Se portar como uma jovem senhora, se vestir “apropriadamente”, ter casa, marido, filhos, cachorro e periquito. Tudo isso está dentro do conceito do que uma mulher de 40 TEM QUE SER. Alerta de spoiler: ninguém tem que ser nada, nunca.

Espero que as próximas gerações consigam viver de uma forma mais livre. Por enquanto, sigo por aqui tentando mostrar que existe uma outra forma de ser uma mulher adulta… e feliz.

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36 comentários

  • responder Laureana 10/11/2019 às 11:25

    Olá!! Tbm fiz niver dia 8 🙂

  • responder Grazielle Pereira 10/11/2019 às 13:13

    Ótimo post Sabrina! Já está mais que na hora de as pessoas pararem de achar que o futuro é predefinido e de ficarem nos cobrando. Só nós sabemos o que queremos e o nos faz feliz. É diferente pra cada um.

  • responder Bia 10/11/2019 às 13:36

    Texto simplesmente SENSACIONAL, parabéns Sabrina!

  • responder Raquel 10/11/2019 às 13:50

    Oi Sabrina! Sou leitora do CDD há anos, pouco comento, mas hoje quero registrar minha admiração por você através desse texto. Tenho 42 anos e ainda é muito difícil ter que lidar com essas cobranças e me sinto cobrada constantemente. Parece que não basta sermos independentes, bem resolvidas; vivemos sempre à régua de julgamentos. Suas palavras foram muito verdadeiras e muito do que penso está no seu texto, maravilhoso. Obrigada.

  • responder Thaís 10/11/2019 às 14:17

    Sabrina, primeiramente feliz aniversário!
    Segundo, esse texto foi incrível, uma quebra de paradigmas sem precedentes!
    Penso exatamente da mesma forma, espero que cada indivíduo seja livre para e por suas escolhas!

  • responder Vivian 10/11/2019 às 15:02

    Falou tudo, Sabrina!
    É impressionante que em pleno 2019 ainda pensem dessa forma machista e retrógrada!

  • responder Camila 10/11/2019 às 19:11

    Achei que você tinha no máximo 30! ?? hahahaha Texto maravilhoso como sempre!

  • responder Vivian Vieira Arrabal 10/11/2019 às 19:40

    Felicidades ? Tenho 37 anos, separada e sem filhos. As vezes me sinto incomodada com cobrança de filhos e marido que a sociedade faz, mesmo assim procuro acreditar que estou fazendo a escolha certa.

  • responder Karol 10/11/2019 às 20:06

    Posso levar ao cartório, carimbar e autenticar em três vias?

    Sabrina, tenho 37, sou quase uma mulher de 40. Imagina quando essa mulher ainda mora com os pais, não possui independência financeira, não trabalha desde 2013 porque a saúde resolveu não fazer morada no seu corpo e te tornou uma incapaz? Os amigos com o tempo se vão, os sonhos morrem, e não há um vislumbre de possibilidade de mudança em toda essa história. Solidão. Dor. Medo. E mesmo assim julgamentos e cobranças…
    Sonho com o dia em que os posts de compaixão, amor, amizade saiam das redes sociais e venham para o mundo real.

    Eu, Karol, que acompanho o blog desde o começo, posso afirmar: Você é uma mulher de sucesso, admirável. Apenas desejo que você seja feliz, não me importa a forma como seja. ???

    Que seja doce ?, que seja leve ?…

    Feliz novo ciclo! Saúde infinita!

  • responder Renata 10/11/2019 às 21:23

    Post simplesmente perfeito!
    Passaria horas falando sobre isso e tantas coisas afins.

    Beijo

  • responder Dani 10/11/2019 às 21:56

    Ótimo post e ótima reflexão! Parabéns, Sabrina!
    Realmente é muito triste perceber que em 2019 ainda temos tantas cobranças e pessoas com a mente tão fechada sobre o que é uma mulher feliz e realizada. Tenho 26 anos, solteira, e já escuto muito isso (pois é!) e acho uma pena pensar que esses comentários tendem a aumentar com o tempo. Mas falar sobre isso com certeza já ajuda muito e aos poucos vamos mudando essa mentalidade ultrapassada 🙂

  • responder Maria 10/11/2019 às 22:11

    Karol, que os sonhos, a doçura, a leveza, as pessoas generosas voltem a fazer morada na sua vida! Que a saúde se restabeleça da melhor forma possível. De coração, desejo que a vida seja generosa com vc!

    Sá, parabéns por conseguir colocar tão bem em palavras a pressão que vivemos todos os dias. Essa sensação de tudo que alcançamos n ser suficiente socialmente é um saco. Luto diariamente para dar conta e também para que as próximas gerações não passem por isso. Feliz novo ciclo! Que o novo ano seja incrível.

  • responder Fabiana 10/11/2019 às 22:34

    Sabrina,seu texto resume exatamente o que penso. Vivemos em uma sociedade que tem como objetivo, definir o que as outras pessoas tem que ser/fazer ,mas que não sabem o que fazem com a própria vida.

  • responder Aline Guterres 11/11/2019 às 01:24

    Oi! Primeiro, parabéns pelo teu aniversário! E que texto importante, mais uma vez. Pra mim tu é referência de tudo o que admiro numa mulher, estilo, bom humor, beleza, independência, criatividade, profissionalismo, bons relacionamentos e ainda ama cães. São todas as coisas que quero pra mim.

    Sempre que te vejo aqui ou no canal tudo o que sinto é “ai que vida gostosa <3". E minha meta é ter dias gostosos por aqui, cheios de amor e verdade. Sei que todas as vidas tem problemas, mas é tão bizarro alguém pensar numa mulher como "tadinha" por não ter o marido e os filhos validando sua existência. É taaaão coisa do tio do pavê isso, sabe. Eu fico com vergonha pela pessoa que pergunta e acho que se essa pessoa não acha minha vida tri, isso é bom, pq olha a criatura que tá falando… afê. Mas essa reflexão me fez lembrar ainda das minhas amigas e primas infelizes em relacionamentos, sem sair por causa, também, dessa pressão 🙁 🙁

    Enfim, só queria aproveitar a tua reflexão pra te dizer o quanto tu é maravilhosa (e tu não precisava ser, tudo bem não ser, mas no caso tu é e muito, essas pessoas tinham é que te pedir conselhos do que é viver, isso sim). De verdade. Muito obrigada por existir, Sabrina. Que a gente possa cada vez mais existir, ser vistas como inteiras sem precisar colar em um homem e se reproduzir pra isso :p . Parabéns de novo! Que esse novo ano seja super gostoso, aconchegante, verdadeiro, com bons desafios e cheios de dias de uma vida bem vivida, que é o que vejo por aqui sempre. Beijão!

  • responder Daniela 11/11/2019 às 05:39

    Que textão! Não poderia esperar menos de vc, concordo com tudo que disse!

  • responder Lorena Morais Mota 11/11/2019 às 09:53

    Olá, meu nome é Lorena e primeiro te
    peço desculpas pelo incomodo mas estou
    passando aqui para te convidar a conhecer
    a minha loja virtual da Avon Cosmeticos
    https://enrt.eu/Avon
    Deste já agradeço pela atenção.
    Obrigada

  • responder Mauren 11/11/2019 às 10:21

    Pois é Sabrina, o que a gente não tem que ouvir.
    As cobranças nunca acabam. Quando casei, passei anos ouvindo pessoas sem noção perguntando “e o nenê, quando chega?”. Uma conhecida do trabalho perguntava TODA VEZ que me via, pelo menos uma vez por semana. Daí um dia ela me achou gorda (e eu pesava dez quilos menos que hj) e perguntou para quando era o nenê. Respondi: não estou grávida, estou gorda. Então veio a paz! Minha mãe diz que fui grossa, talvez tenha sido mesmo, mas paciência tem limite. Bjs de quem te admira e compreende!

  • responder val 11/11/2019 às 10:23

    Verdade a sociedade ainda mesmo em tempos modernos ,acha q a mulher foi feita pra casar e ter filhos se não assim fizer é tida como uma coitada.
    Mas venhamos e convenhamos muitas vezes é muitíssimo melhor estar solteiras do que certos casamentos que vejo por ai.
    Continuemos assim livre leves e soltas ui.

  • responder Marina 11/11/2019 às 10:51

    Oi Sabrina!
    Belo post. Realmente já está na hora da sociedade parar de tratar a mulher como um apêndice do homem como se nossa vida devesse girar em torno dessas coisas. Mas olha só, respondendo sua pergunta “Você consegue calcular à quanto tempo que as coisas não são mais assim?”, na realidade não faz tanto tempo. Até pelo menos 1952 as mulheres só podiam viajar com autorização do marido, por exemplo. Ou seja, são direitos básicos que conquistamos não tem nem 70 anos e que hoje estão sob ataque. Antes, assim como hoje, o feminismo é fundamental.

  • responder Carina 11/11/2019 às 11:32

    Ahhh, as expectativas que nos colocam… a vida inteira assim.
    Não são só as mulheres, mas certamente geramos as maiores expectativas só por ser mulher, sempre no mesmo “currículo” linear.
    É até um pouco automático, enraizado. Não dá pra culpá-los, mas é difícil desconstruir essas premissas.
    Talvez seja ainda pior quando as benditas expectativas vêm da própria família – ainda mais daquela, a tal da “família tradicional brasileira”. Aí sim é de doer. Qualquer comportamento em “desvio” do que se pensa o normal é atrevimento, é querer chamar atenção, é ser rebelde. Como se viver a própria vida fosse um ato de rebeldia, meu deus!
    A vontade imensa de gritar a todo o canto que a vida é nossa e fazemos dela o que quisermos fazer, e fazer o esforço árduo em concentrar tudo isso em responder, com um prazer quase orgástico, em “sim, não sou casada”, “sim, não quero ter filhos”, “sim, moro sozinha”, se transforma só em cansaço.
    As respostas, sempre prontas, “ahh, um dia você encontra a pessoa certa”, “ah, um dia você vai sentir o chamado da natureza”, “ahh, e você não se sente sozinha?” entra por um ouvido e sai pelo outro, enquanto a gente tá pensando mesmo em como faz aquela maionese de banana que ensinaram na TV…

  • responder Maira 11/11/2019 às 12:04

    Você resumiu bem como é a vida da mulher “solteirona e infeliz” que a sociedade insiste em atrelar a todas nós, fato aliás, lamentável.

    Hoje, aos 45 anos sou casada e optamos por não termos filhos, junto a essa opção, vem sempre a pergunta seguida do seguinte comentário:

    VOCÊS NÃO VÃO TER FILHOS? MAS COMO ASSIM NÃO VÃO TER FILHOS? QUEM VAI CUIDAR DE VOCÊS QUANDO ENVELHECEREM? VÃO DEIXAR HERANÇA PRA QUEM? NOSSA; VCS VÃO TERMINAR A VIDA SOZINHOS!!!!

    Uai, não é muito egoísmo uma sociedade achar que a opção de ter filhos vem com a obrigação dos filhos cuidarem e viverem em função dos pais? Ou se tenho casa própria, somos obrigados a deixá-la pros filhos?

    A sociedade tem que parar de achar que estar casada é como uma lista de supermercado…tipo: Você namora, tem que casar logo…casou, vai arrumar filho rápido pq senão passa da “época”… já tá grávida, vai ter outro quando? Não pode esperar, tem que arrumar logo outro pra crescerem juntos…você mora de aluguel? Não pode, tem que comprar um imóvel, vai viver eternamente pagando aluguel? Se você tem um carro, vai trocar quando? Já tá velhinho heim, daqui a pouco nem anda mais…e por aí vai.

    As pessoas tem que respeitar o tempo e as escolhas do outro, ninguém sabe o que passa na vida do outro pra você achar que ela tem que ter uma vida padrão, que muito das vezes nem são as escolhas dela e sim sua, expectativas suas…bora cuidar da própria vida e ser feliz pessoas.

  • responder Hellen 11/11/2019 às 12:23

    Me identifico com seu pensamento, tem gente que é muito sem noção mesmo. Ano passado fui atender um cliente e ele queria uma escova infantil, fui na seção mostrar onde ficava e nisso sem nunca ter visto ele na vida me perguntou se eu tinha filho, disse que não. Ele olha pra minha cara e fala já passou da hora. Sério como em pleno século 21 a pessoa solta uma dessas. Nem sabia se eu queria ter ou seu eu posso ter.

  • responder Renata 11/11/2019 às 12:37

    Puxa, Sabrina, feliz por ler teu texto e ver que há muitas vozes nesse sentido.

  • responder Mariana Rabelo 11/11/2019 às 13:59

    Ótima reflexão e estou com você! Parabéns pelas colocações! Temos que ser felizes respeitando as escolhas alheias! Cada um carregando suas escolhas e consequências… Também não tenho filhos e cada dia que se passa, tenho menos vontade por opção minha! Respeito quem já é ou sonha em ser mãe. Mas me deixa ter a opção de não querer ser.

  • responder Miucha 11/11/2019 às 18:56

    ??
    Sintetizou meu momento!
    Obrigada, Sá

  • responder kathleen 11/11/2019 às 21:07

    Olá Sabrina,

    Gostei muito do seu texto, sou separada há dois anos e tenho 28 anos e nao tenho certeza se quero me casar de novo , e a sociedade e ate a gente inconscientemente fazemos essa cobranca. Ainda estou reaprendendo a fazer as coisas sozinhas e descobrir quem eu sou , gosto muito dos seus posts sobre ser sozinha.

  • responder Raquel B. 11/11/2019 às 22:40

    Parabéns! Você tem muitas coisas legais e vivencia outras tantas. Há um mundo de opções além do básico casamento e filhos e precisamos aproveitar que hoje podemos escolher.

    Eu faço 35 em breve e confesso que fico confusa com a minha idade pois achava que seria uma jovem senhora e não sou. É como se estivesse numa faixa etária exclusiva, pois não tenho filhos e não me identifico com algumas coisas que esperam de mim. Acho que será assim pra sempre, Sabrina. Não me vejo envelhecendo e virando uma vozinha, pensando se as coisas são adequadas pra minha idade.

    Só faça exercícios, eu estou recomeçando pois meu corpo já é de jovem senhora .

  • responder Eli 12/11/2019 às 08:05

    MARAVILHOSA!!!

  • responder Aline 12/11/2019 às 20:27

    Sá, sua linda! Concordo com tudo que você disse, parabéns pela maneira simples, objetiva e clara que abordou este assunto! Acompanho o coisas de diva desde o início, é o único blog que ainda vejo em pleno 2019. Parabéns pelo trabalho, vocês são mulheres inspiradoras!

  • responder Lucimar 12/11/2019 às 21:50

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  • responder Xica 13/11/2019 às 11:53

    Sá! Esse post me fez refletir mto… estou cm 36 anos e desde os 20 e poucos sou cobrada a casar e ter filhos. Moro em um lugar pequeno e a maioria das mulheres aqui com 20 anos já é casada e tem pelo menos 1 filho, então imagina ter 36 e ainda estar solteira e sem prole! Uma fracassada total na visão deles. Já escutei que era uma árvore seca, egoísta, que depois dos 20 a mulher não escolhe e o que aparecer é lucro e por ai vai.
    Tenho facul, trabalho, viajo, faço as minhas coisas mas é como se nada disso fosse “útil” se não estou casada. E pra completar, até minhas amigas q agora já são mães meio que me excluíram, acham que qualquer conversa que não seja sobre filhos/gravidez é imaturidade. (Sem exageros, é assim mesmo)
    Aí tive uma crise me questionando se não estava sendo egoísta mesmo em não querer ter filhos, me sentindo péssima por fazer as minhas coisas e meio fútil. Esse post veio em ótima hora! Queria tanto ter pessoas assim na real life <3

  • responder Laura 13/11/2019 às 12:01

    Sá, eu tenho 42 anos, não sou casada (namoro há muitos anos) e não tenho e não quero ter filhos.
    Ao contrário de você, eu realmente não me importo quando me perguntam se sou casada e/ou se tenho filhos. Percebo que raramente essas perguntas vêm com algum julgamento. Sempre me parecem ser mais um jeito de as pessoas me conhecerem melhor ou de engatar algum assunto.
    Eu mesma, quando estou conversando com alguém novo (seja homem ou mulher), acabo fazendo essas perguntas. Acho que faz parte de uma conversa normal, para saber quem é aquela pessoa, o que ela faz, o que gosta, etc.
    Mesmo quando a pergunta seguinte é um “por que não?”, eu, na maior parte das vezes, não me importo também. Muitas vezes, é apenas curiosidade. Para esses, eu eventualmente até dou uma resposta mais completa, se eu sentir que a pessoa está verdadeiramente interessada ou se minha resposta puder ajudar essa pessoa a aprender uma nova visão de mundo.
    Lógico que, tem vezes em que a pergunta está carregada de uma dose de julgamento. Para esses, basta um “porque não” ou “porque não é da sua conta”. Mas é muito difícil e improvável que eu fique triste ou me sinta ofendida.
    Acho que aprendi a lidar com tudo isso e não me importar mais. Sabe aquela frase “as coisas têm a importância que você dá para elas”? Tenho aplicado em muitos setores da minha vida e tem me ajudado a ter dias mais leves.
    bj

  • responder Priscila 14/11/2019 às 22:09

    Sabrina
    Antes de mais nada: feliz aniversário atrasado ??

    Estou atualmente com 37 anos, noiva e com casamento marcado e é curioso observar que, desde que estou nesse meu relacionamento, os questionamentos desapareceram pra minha parte, em compensação, percebo uma cobrança muito forte da parte da família do meu noivo, pra que ele se case, tenha filhos, tenha uma casa, e por ai vai. Quando conheci meu noivo, fui aos poucos quebrando os paradigmas de que temos que ser independentes, ter vida própria, que não existe uma lista padrão. Minha família de um modo geral não me cobra casamento e filhos pq somos meio que uma exceção a regra de sociedade (praticamente todas as minhas tias e tios têm um divórcio no meio da vida e meus primos- que são muitos- quase não tem filhos, logo a cobrança por aumentar a prole não existe.
    Porém essa é a minha realidade e que é bem exceção a regra e quando raramente sou questionada “quando vamos casar?” ou “quando vai vir o bebê?” eu tenho um estoque de respostas atravessadas e irônicas sempre atualizadas kkkkkkkkk. Acredito que meu estilo de resposta ajudou a difundir a minha fama e assim me mantém na tranquilidade da minha vida

  • responder Maira 20/11/2019 às 19:27

    Adorei Sabrina!!!! Tô contigo!!! Não sou casada nem tenho filhos e sempre achei que podemos ser felizes dessa forma.

  • responder Flavia Arantes 10/07/2020 às 04:02

    Muito bom!! Vivo a mesma situação. 40 anos sem filhos e solteira. É dose lidar com essas expectativas e o olhar colocando aquele energia pesada de que não atingimos a meta até agora… Eu tento passar batida mas as vezes confesso que me dá uma abalada… mas sigo em frente por tudo isso que vc escreveu.

  • responder Sil 25/03/2024 às 08:57

    Muito bom teu texto. Estou em um momento muito complexo: tenho 41 anos, sou solteira e tenho uma filha linda de 13 anos. Jamais me importei com o título “mãe solteira”, tão pouco ligo para quem me julga por não ser casada. O que tem pesado um bocado é estar sozinha, sem ter um companheiro, um amor. Não digo casar e morar junto, mas ter alguém para amar e ser amada. Sozinha há 14 anos… faz falta ter alguém em alguns momentos.
    No mais, casamento e filhos são situações da vida e não uma obrigação!

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