Viagem

O que fazer em Urubici (SC): dicas 2019!

12/03/2019

Urubici é um município de Santa Catarina que costuma ser mais visitado durante o inverno. Os turistas buscam na região serrana as temperaturas baixas. Sabe quando anunciam que nevou em São Joaquim? Então, uma cidade possui apenas 60 km de distância da outra.

Contrariando o que se costuma fazer, fui para Urubici em pleno Carnaval, no intuito de descansar e ficar em contato com a natureza. Não foi uma boa ideia: foi uma ideia excelente! O tempo colaborou todos os dias e pude ver paisagens incríveis. Confira comigo a experiência!

Como chegar

Urubici está a 173 km de Florianópolis (via BR-282 e depois SC-110) e a 456 km de Curitiba (via BR-101). Eu e Mariana, amiga que me acompanhou na aventura, optamos por não pegar a 101 porque – veja bem – era Carnaval e a estrada entope de gente indo para as praias do estado.

Fomos pela BR-116, um caminho mais longo e demorado por causa da estrada não duplicada (mas com aberturas pontuais para ultrapassagem). Ainda assim, valeu a pena para não ficarmos presas em nenhum engarrafamento! O trecho possui pedágios por toda a extensão (6,50 reais por automóvel) e o asfalto não é ruim.

Santa Catarina é o estado perfeito para quem gosta de apreciar a paisagem da estrada. No caminho, era um lugar mais lindo que o outro! Ah, acho que você já entendeu que esse é um rolê para ser feito de carro, né? Não precisa ser nenhum 4×4, meu Honda Fit aguentou bem as estradas de chão que pegamos para passear!

O que fazer em Urubici

Confesso que eu e Mari não permanecemos muito na cidade, porque as atrações turísticas ficam em seus arredores cercados por belezas naturais, como cachoeiras, montanhas e matas de araucárias. De todo modo, vale dar um pulinho no Sesc para pegar um mapa de tudo o que a região oferece.

Em Urubicity (risos) fica também o ICMBio, onde são dados os ingressos para o Morro da Igreja, dentro do Parque Nacional de São Joaquim. Essa é uma questão importante, então preste atenção no que vem a seguir!

Parque Nacional de São Joaquim

o que fazer em urubici

Morro da Igreja e Pedra Furada

O Parque Nacional de São Joaquim tem como cartão postal o Morro da Igreja, que dá vista privilegiada para a Pedra Furada. Neste ponto, a altitude é de 1.822 metros. Para subir o morro, é preciso ir de carro. Acontece que, devido a obras na estrada de acesso ao cume, a visita é controlada.

Aí é que entra o ICMBio. No local, são dados os ingressos (por carro, não por pessoa) para a visita. São sempre 100 para o dia vigente e 100 para o dia seguinte. Tem que chegar cedo! Nós pisamos na frente do lugar às 7h30 e já tinha fila, para você ter uma ideia.

As informações acima são do Carnaval de 2019, certo? Pode ser que algo mude, por isso recomendo a visita ao site do ICMBio para saber como estão funcionando as coisas.

Decidimos dar um tempo antes de adentrar o parque. Tomamos um café da manhã bem gostoso na panificadora Vó Maris, cheia de delícias da serra. Foi uma boa ideia, porque pegamos o tempo mais aberto! O visual é mesmo incrível, uma paz absurda. Se for, leve casaquinho, porque é alto e venta.

Valeu acordar cedo, esperar na frente do ICMBio e ficar cerca de uma hora na fila de carros que se formou ao pé do morro! Mesmo que o tempo lá em cima seja controlado (15 minutos), a paisagem compensa.

Cascata Véu de Noiva

Perto do Morro da Igreja, há a Cascata Véu de Noiva (com 62 metros de altura e águas que deslizam sobre as rochas). Ela fica dentro de uma propriedade particular e para visitá-la é preciso pagar 5 reais. Pessoalmente, achei bem nhé, porque há outra cascata mais bonita na região de Urubici sobre a qual vou falar na sequência.

O bom dali é que dá para almoçar uma comidinha caseira saborosa (acho que era coisa de 30 reais por pessoa) e recobrar as energias. Passando a cascata, há uma pequena trilha que leva à tirolesa. Eu mesma não tive coragem de fazer porque morro de medo de altura, mas, se você gosta, fica a dica. O valor era de uns 40 reais, se não me falha a memória.

O que eu e Mariana curtimos mesmo foi fazer as trilhas da propriedade, que levam a pequenas cachoeiras e quedas d’água. A mata é simplesmente linda. Um dos caminhos, inclusive, tinha xaxins gigantes por todos os lados.

Algumas trilhas eram mais trabalhosas, mas não impossíveis, porque havia algumas cordas para ajudar na sustentação em descidas e subidas. Eu quase pisei numa urutu (uma das jararacas mais venenosas que existem) em dado momento, mas passo bem (risos nervosos).

Cascata do Avencal

Taí a razão pela qual eu não achei a Cascata Véu de Noiva tão impressionante: é porque um dia antes visitei a Cascata do Avencal, com 100 metros de altura. A água em queda livre dá toda uma imponência, né?

Para acessar a cascata por cima, é preciso escolher uma das duas propriedades particulares que comandam o turismo. Fomos na segunda, que tem tirolesa (35 reais). Pagamos 7 reais para entrar lá. Vale dizer que o ponto turístico é também muito procurado por praticantes de rapel.

Para acessar o local por baixo, basta pegar a estrada e fazer uma pequena trilha. Importante dizer que para chegar bem no pé da cascata é preciso dar umas escaladas nas pedras, que costumam ser escorregadias. Cuidado! Havia alguns corajosos tomando banho por lá, embora a água fosse gelada e a força da vazão dificultasse um pouco as coisas.

Outro ponto bacana é o Mirante do Avencal, que fica no meio do caminho. Mais adiante, há um lugar com inscrições rupestres (6 reais para ver). Não fomos porque outros turistas disseram que não valia a pena. No entanto, o restaurante em frente é uma delícia. Paramos lá para almoçar e adoramos!

Onde se hospedar

Opções de hospedagem não faltam na região. Em nossas pesquisas, vimos alguns locais que chamaram muito a atenção. Destaque para o Hotel Curucaca e para a Pousada Trinca Ferro, ambas em Bom Retiro (município a 37 km de Urubici). Pessoalmente, acredito que o lugar de pouso pode ser atração também: nada como o conforto da natureza!

Foi por isso que escolhemos um lugar levemente mais longe, na pequena Alfredo Wagner, a 62 km de Urubici!

Pousada Pedras Rollantes

A propriedade da Pousada Pedras Rollantes é um lugar muito especial, em meio a montanhas e cortado por um rio rasinho, de águas frias. Há casas lindíssimas para famílias e amigos alugarem, além dos Estúdios Enxaimel, que foi onde ficamos. Pensa num silêncio e num visual!

Nosso quarto tinha vista para a montanha, com direito a deck e rede. Por dentro, ele era super bem decorado e equipado. Além de duas camas (uma de casal e outra de solteiro) e banheiro separado do chuveiro, tinha também uma pequena cozinha. Fizemos nossas refeições por ali mesmo, o que barateou muito os custos. Dá para levar bebidas também!

O café da manhã está incluso na diária, mas quem prepara são os hóspedes. Todos os dias, chegam pão fresquinho, manteiga, queijo, mel, ovos e frutas produzidos localmente. Além disso, há café, chá, temperos e até alguns legumes que usamos em nossos jantares!

São poucos estúdios na casa de estilo enxaimel, trazida pelo Eduardo, o proprietário, para o meio das montanhas. Ele é um cara super gente boa e fica lá para atender os hóspedes. Volta e meia o restante da família se junta a ele, então o clima é bem descontraído e amigável!

Eu e Mariana aproveitamos para ler, bater papo e meditar sentadas no meio do rio. Ficar por lá foi parte da viagem também!

Ufa, acho que é isso! Espero que tenha gostado do post. Sempre lembrando que há mais o que fazer em Urubici e região! Conhecer outros pontos só depende do seu ritmo de viagem e do que estiver buscando.

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6 comentários

  • responder Larissa da Cunha Silva 13/03/2019 às 11:33

    Sou leitora de vocês já tem um certo tempo adoro o site! Visitei esta região que é linda demais, quando fizer outra visita à região aproveite para conhecer a Serra do Rio do Rastro e a Serra do Corvo Branco, que fica próximo de onde você foi. Vale a pena demais!

  • responder bruna 13/03/2019 às 14:23

    que lugar lindo! deu vontade de ir, um belo passeio 🙂

  • responder Rafaela Prado 14/03/2019 às 16:23

    Ameeeei a dica! que lugar liindo, pouco ouvi falar sobre essa região, então esses pots tão explicativos e com fotos lindissimas me animou demais em ir conhecer.

  • responder Xica 17/03/2019 às 00:05

    Ahhh que show esse post!! Adoro a serra catarinense, já visitei algumas vezes e é realmente de tirar o fôlego as paisagens.. fora que um friozinho para que mora no norte catarinense onde é quente quase o ano todo é ótimo!! heheh
    Ano passado fiz uma trilha para dentro da Pedra Furada, a vista da trilha é linda e pra chegar lá dentro da pedra tem que passar por uns pedaços bem punks, tipo não olha pro lado nem pra baixo pq é só precipício ahahaha mas é só com guia que faz pq é perigoso e nem sempre está aberto.
    Não fiz essa trilha da cascata do Avencal por baixo, qdo fui visitar a primeira vez foi bem rapidinho e eu nem sabia que existia essa trilha pra chegar lá. Dica anotada pra uma próxima 🙂

  • responder Thais Marques 27/03/2019 às 15:52

    Larissa e Xica, super obrigada pelas dicas! <3

  • responder Suellen Noblah 20/06/2019 às 22:53

    Nossaaaa esse lugar é lindo realmente, fico imaginando a paz que ele proporciona deve ser incrível mesmo. Já anotado para as próximas férias. Obrigado pela dica!

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