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Viagem pela Ásia: Camboja

14/02/2016

Hoje é dia de mostrar um pouco meu segundo destino na minha viagem para a Ásia: o Camboja! Mais especificamente, Siem Reap e a região de Angkor, antiga capital do Reino Khmer.

Para saber mais sobre meu roteiro certinho e mais algumas dicas gerais sobre a Ásia, aqui tem meu primeiro post sobre o assunto.

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Viagem pela Ásia: Camboja

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Quando topei fazer essa viagem, meus amigos já tinham mais ou menos montado o roteiro, que incluía o Camboja. De todos os países que visitei. acho que esse era o que eu menos sabia sobre – de todos os outros eu tinha meio que uma imagem na cabeça (mesmo que fossem clichês que vi em algum lugar), e do Camboja: praticamente nada. Sabia que era lá que ficava o Angkor Wat (já vou mostrar pra vocês o que é) e era basicamente isso aí, mas embarquei nessa.

Chegando

Fomos de avião de Bangkok, na Tailândia, até Siem Reap, no Camboja. A viagem é rapidinha, leva pouco mais de uma hora, e fomos de Air Asia – não tivemos nenhum problema. Chegando lá, você precisa tirar o visto no aeroporto mesmo – o aeroporto é bem pequeno, e como praticamente todos vão precisar entrar nas filas do visto, vira meio que uma confusão porque você precisa entrar em três filas.

Na primeira você entrega seu passaporte, uma foto 4×5 (li em vários lugares que eles exigiam foto desse tamanho e levei assim, mas lá no dia vi gente entregando foto 3×4 e ninguém reclamou) e paga a taxa de US$ 30 (já leve trocado). Depois você entra na segunda, que basicamente não é uma fila e sim uma aglomeração de pessoas esperando o funcionário chamar pelo nome pra recuperar o passaporte. Depois você passa pela imigração e fim. Vale ressaltar: quando fiz isso, absolutamente todas as pessoas do aeroporto foram muito grosseiras – a primeira impressão foi meio terrível, mas ainda bem que não foi a que ficou.

Se você perdeu meus posts sobre minha mala pra essa viagem, clica aqui e aqui pra conferir!

Minhas impressões

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Estava ansiosa para chegar num lugar sobre o qual eu não sabia praticamente nada e descobrir tudo lá na hora e olha, minha experiência em Siem Reap não podia ter sido melhor. De todos os países que conheci na Ásia, acho que nenhum me comoveu tanto, me tocou tanto o coração quanto esse (acho que essa foto da vila flutuante com essa frase que postei no meu Instagram resumem muito bem meu sentimento com relação ao Camboja).

O Camboja é um país com uma cultura incrível e é onde fica a maior estrutura religiosa já construída – o complexo de templos de Angkor. E também é um país muito pobre, que sofreu muito com uma guerra civil – para vocês terem uma ideia, o Brasil está na 85a posição no índice de desenvolvimento humano, enquanto o Camboja ocupa o 143o lugar. Mesmo assim, não sei se conheci pessoas tão ricas como no Camboja – ricas em todo o resto, em felicidade, em gentileza, em humildade. Amei os dias que passei lá e, se posso deixar um conselho, seria: visitem o Camboja.

O que fazer

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Bom, vamos começar logo pelo principal: o complexo de templos de Angkor, antiga capital do império Khmer e, como disse lá em cima, a maior construção religiosa do mundo (inicialmente eram hindus, depois budistas). Ele fica a mais ou menos 7 km do centro de Siem Reap e nós fomos até duas vezes – na primeira vez, fomos de bicicleta para comprar os ingressos para o dia seguinte, que são vendidos a partir das 17h. O posto de venda de ingressos fica no meio do caminho e você não pode passar por ele sem ingressos – só moradores podem passar. Mas o ingresso para o dia seguinte também dá direito a passar para o outro lado no mesmo dia, que foi o que fizemos. Foi só aí que tivemos noção do tamanho do lugar. Imenso. Realmente imenso. São aproximadamente 200 km2, mas algumas pesquisas indicam que o tamanho real chegava a 3000 km2.

Nesse dia só demos uma olhada mesmo e voltamos, pois no outro dia voltaríamos as 5h para ver o nascer do sol, um espetáculo incrível. No dia que fomos, estava um pouco nublado, e eu amei mesmo assim – é essa foto aqui em cima.

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Nesse segundo dia, fomos com um tuk tuk – não recomendo ir de bicicleta quando for visitar mesmo os templos porque as coisas são bem distantes umas das outras, tipo 5km ou 7 km e você perderia bastante tempo e energia nos deslocamentos. Se você gosta de templos, ruínas e história, vai se deliciar em Angkor, porque existem muitos mesmo. Nós compramos o ticket de um dia (tem também para três dias e uma semana) e vimos bastante coisa, mas nem chegamos perto de acabar.

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E falando em ruínas, se você já viu Tomb Raider, com a Angelina Jolie, vai reconhecer esse lugar, já que o filme foi gravado lá – vi de novo outro dia e achei demais já ter estado lá, haha.

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Além de Angkor, outra coisa que amei conhecer foi a vila flutuante de Kompong Phluk – fica a mais ou menos 45 minutos de tuk tuk do centro de Siem Reap, aí você pega um barco para conhecer a vila. É uma paisagem muito diferente e pra mim valeu a pena.

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Comida

Achei a comida maravilhosa e tudo é muito barato – mesmo comendo sempre na Pub Street, a rua central que reúne vários restaurantes e bares, as contas nunca foram caras. Quem for pode comer por lá sem medo, fomos na maioria dos restaurantes e adorei todos – mas quem gosta de peixe não pode deixar de pedir o Amok Fish, um peixe preparado com leite de coco e outros temperos. É maravilhoso (que saudades)!

Transporte

Bom, em Siem Reap você vai ter basicamente duas formas de transporte: bicicleta ou tuk tuk. Nosso hotel fornecia bicicletas grátis para a gente usar, então usamos bastante – o transito é levemente caótico, mas dá tudo certo (digo ‘levemente’ porque quando cheguei lá achei uma loucura, mas depois fui pro Vietnã e vi que o transito cambojano parecia brincadeira em comparação com o vietnamita hahaha).

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Para ir até Angkor Wat, por exemplo, você vai meio que por uma rodovia e divide o espaço com ônibus, motos, outras bicicletas, gente a pé, crianças, cachorros… Depois de um tempinho você meio que pega o jeito e vai, mas esse caminho é um pouco mais estressante do que só andar pela cidade.

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Para ir até os pontos mais distantes, é melhor ir de tuk tuk mesmo – é super fácil de conseguir, você pode reservar direto com o hotel ou então com eles nas ruas. Em geral é barato e vão até quatro pessoas em cada – nos passeios distantes, tipo entre os templos, eles ficam te esperando para te levar até a próxima atração e em geral são muito gentis e solícitos.

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Comunicação

Nesse tópico eu vou repetir o que já disse no post da Tailândia, mas é porque minhas impressões nesse quesito são meio gerais mesmo.

Nem todo mundo fala inglês – aliás, acho que só uma minoria fala (e mesmo assim tem vezes que entendê-los falando não é das tarefas mais fáceis). Mas juro, não tem problema. Aqui estou falando do sudeste asiático (mais especificamente, dos países que visitei) no geral: a grande maioria das pessoas é incrivelmente gentil e todos vão se esforçar para te ajudar, seja na hora de escolher um prato num restaurante ou a encontrar uma rua. O povo asiático é amor (tanto que em um mês viajando, que eu me lembre só uma pessoa foi meio grosseira com a gente) <3.

Onde ficar

Ficamos num hotel próximo à Pub Street, no Centro de Siem Reap e, pra ser sincera, não sei se recomendo – vou deixar minhas impressões e aí cada um pode decidir se é uma boa ou não. O hotel foi esse aqui, o Blossoming Romduol Lodge. O hotel é simples, o quarto que ficamos era bem espaçoso (com três camas de casal), o staff é todo muito gentil e a comida do restaurante é uma delícia. Só que o banheiro era terrível, o chuveiro era ruim e não tinha um espaço delimitado para o box, ou seja, banho = alagamento eterno. E quando você está no sudeste asiático, onde faz muito calor, um bom banho é algo muito importante (é importante sempre, mas vocês entenderam meu ponto haha). Em compensação, o hotel é bem barato – ou seja, se você procura algo simples e barato, e não se importa tanto com o banheiro alagado, é uma boa.

Mais sobre meus destinos na Ásia:

Tailândia – parte 1

– Camboja

– Vietnã (em breve!)

– Indonésia (em breve!)

– Cingapura (em breve!)

– Tailândia – parte 2 (em breve!)

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28 comentários

  • responder Lívia Santiago 14/02/2016 às 14:42

    Nossa, me identifiquei tanto com suas impressões de Siem Reap, que parecia que eu tinha escrito o texto, hahaha! Eu fiquei simplesmente apaixonada pelo povo de lá, fico emocionada só de lembrar. Só indo pra saber como é.

    Eu fiquei uns 4 dias, então consegui aproveitar um pouco mais. Além de pelo menos uns 2 dias em Angkor Wat, recomendo visitar:
    – Banteay Srei, que são as ruínas do “templo das mulheres”;
    – Kbal Speam, que é um sítio arqueológico que tem entalhes nas pedras do leito de um rio (fica mais bonito se for no início da estação seca, porque tem mais água no rio). Ah, tem uma trilha de uns 30 minutos pra chegar lá!
    – Silk Farm, que é uma fazenda de seda suuuuper longe, mas achei bem interessante! Tudo é feito à mão por lá, numa tentativa de perenizar essa arte;
    – Comprar bugigangas e objetos de decoração (made in China ou não) no Old Market!

    Pra mim, os must haves do complexo de Angkor foram os templos Bayon, Angkor Wat e Angkor Thom. E o Elephant Terrace, que tem uma espécie de labirinto nas laterais. O Ta Prohm achei mais ou menos, mas vale pela referência pop, haha! Ah, e tem fila pra tirar foto nos lugares que apareceram nas locações de Tom Raider!

    Gostaria de ter ido ao lago Tonle Sap, mas como fui no final da estação seca, a paisagem estaria meio caidinha, então ficou no final da lista de prioridades.

    Na minha próxima viagem ao Sudeste Asiático, pretendo incluir de novo o Camboja!

  • responder Debora 14/02/2016 às 14:58

    Eles são mesmo apaixonantes, foi um dos povos que mais me marcaram principalmente pela simplicidade e felicidade.. Adorei o post!

  • responder Ana 14/02/2016 às 15:26

    Que inspirador esse seu post! Quero muito viajar, cada vez mais! O mundo está aí e seria uma pena não fazer o máximo para conhecê-lo!

  • responder Gabriela R. Salomon 14/02/2016 às 16:52

    As imagens são lindas demais!

  • responder Camila 14/02/2016 às 17:44

    Que incrível viagem e experiência, Mari!!! Realmente uma grande benção essa sua oportunidade! Esse seu post mudou o que eu imaginava de vc! Juro! O antigo dito popular que diz que “quem vê cara não vê coração” é muito real! Bjos!

  • responder Márcia Daniella 14/02/2016 às 18:29

    Que lugares fantásticos !

  • responder lady Cat 14/02/2016 às 20:34

    Que máximo!!!

    bjs

    http://ladycatblog1.blogspot.com/

  • responder Fernanda Gabriela 14/02/2016 às 23:09

    Nossa estou encantada!! Adoro ler sobre destinos bem diferentes. Não sei se algum dia poderei ir a um local tão exótico, mas valeu conhecer mais da sua experiência.

  • responder Érika S 15/02/2016 às 11:04

    Nossa, quantos lugares lindos!

    (amei o óculos de sol, que modelo é?)

  • responder Priscila 15/02/2016 às 11:08

    Também estou encantada! Não está no meu top 5 lugares para conhecer mas adorei as fotos!!

  • responder Helayne 15/02/2016 às 14:58

    Marina, estou amando os posts dessa sua viagem!! Nunca tinha pensado em visitar estes lugares, apesar de já ter lido sobre as ruínas e a história do império, mas agora estão em minha lista de viagens.
    Já quero muito ler sobre o Vietnã!!

  • responder Karolini 15/02/2016 às 15:08

    Marina como amei tua viagem a Asia! Qual a câmera vocês usaram para as fotos?
    Eu tenho um receio pois não falo inglês, só algumas palavras básicas salvadoras.. E por isso evito viajar pra lugares assim 🙁 Apesar de ser um dos meus destinos preferidos.

    • responder Marina Fabri 15/02/2016 às 15:20

      Usei uma Gopro e uma Canon t3i. Sobre o inglês, como comentei no próprio post, quase ninguém nos países onde fui fala inglês, é tudo na mímica mesmo, hehe.

  • responder Aline Canteiro 15/02/2016 às 15:32

    Ai que delicia! Estou adorando acompanhar os posts da sua viagem *_*

    Beijão!

  • responder Renata 15/02/2016 às 15:49

    Marina, estou babando na sua viagem desde q você embarcou, mas só essa semana q eu me toquei q seu amigo é o repórter do SPTV! hahaha

  • responder Renata 15/02/2016 às 20:37

    Também to adorando os posts sobre essa viagem! Deu vontade de conhecer!!

  • responder Miriã Andrade 15/02/2016 às 21:06

    Que viagem linda, incrível mesmo! Pretendo conhecer futuramente! 😉

  • responder CRISTINA 16/02/2016 às 08:38

    Estou adorando seus posts de viagens, sou louca para conhecer todos os países do mundo. Cada um tem sua particularidade e cultura, isso que me fascina

  • responder Michele Bdz 16/02/2016 às 11:57

    Super 10…

    Adorei q vcs alugaram bikes pra passear..
    lembro q acompanhei pelo snap (seu e do Thiago) e fiquei encantada com todo o passeio..

  • responder Maíra S. 16/02/2016 às 16:35

    Estão ótimos os posts sobre a viagem, Marina! Continue! A cada um me animo mais a me aventurar pelo sudeste asiático sozinha!!

  • responder Camila 16/02/2016 às 17:41

    Marina,

    Quanto tempo vocês ficaram lá? recomenda mais tempo? Estou programando uma viagem de 2 semanas e pensei em passar uma semana na Tailandia e uma semana no Camboja.

    Amei o post!
    Beijos!

  • responder Julia Kubrusly 19/02/2016 às 12:10

    Também não sabia nada sobre o Camboja, e amei conhecer um pouco. Quase sempre que vejo relatos sobre viagens, principalmente em países diferentes, fico morrendo de vontade de ir, já quero ir pro sudeste asiático.
    http://www.issoaquiloetal.wordpress.com

  • responder Leticia 22/02/2016 às 14:54

    Quando virão novos posts com os relatos da viagem? Estou ansiosa! 🙂

  • responder vietnã 13/04/2016 às 10:45

    […] Viagem pela Ásia: Camboja […]

  • responder Viagem pela Ásia: Indonésia 31/05/2016 às 10:29

    […] Viagem pela Ásia: Camboja […]

  • responder Água de colônia Capim-limão, L'occitane au Brésil 09/11/2016 às 12:07

    […] água de colônia de Capim-limão me traz é de bem longe daqui. Na Ásia, mais especificamente no Camboja, eles usam muito Capim-limão para temperar a comida e dá para encontrar essa plantinha em todo […]

  • responder 3 em 1: dicas gastronômicas e culturais! 02/10/2017 às 09:27

    […] Camboja, que sofreu com uma ditadura e genocídio que arrasou o país há pouco mais de 30 anos. O Camboja foi um dos países que mais amei conhecer e que mais me emocionaram (e a Angelina também – […]

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