DIY: Como pintar bancos de madeira!

Depois de uma gastança sem fim com o apartamento, ficou faltando um ponto importante na funcionalidade do espaço e na decoração: os bancos de madeira da cozinha americana. Como já estava quebrada, decidi que iria economizar com isso e fui atrás de uma maneira barata de resolver o problema!

Resolvi que iria comprar os assentos mais baratos que achasse para customizar do jeitinho que quisesse. Fui até a Rua Riachuelo, no centro de Curitiba, e arrematei duas peças de pinus por R$ 28,00 cada. Aí veio a questão: como pintar bancos de madeira? Sabia que minha mãe já tinha mexido com isso e parecia relativamente fácil, por isso embarquei na ideia.

No mesmo dia, fui até a Daiara Artes, no Rebouças, e comecei a me informar sobre o processo de pintura. Optei pela tinta PVA (à base d’água) por medo de não conseguir limpar caso fizesse alguma besteira. Não é o acabamento mais legal, mas sem dúvida é o mais acessível para pessoas sem muitos dotes na pintura. Além da conversa com a vendedora, ainda recebi a consultoria de um marceneiro que estava na minha frente na fila. <3

Comprei todos os materiais necessários para a empreitada na Daiara Artes, mas dá para encontrar em casas de artesanato e também em lojas de materiais de construção.

Materiais necessários

– Base para Artesanato: é uma base branca para selar a madeira e manter um fundo neutro que vai receber a cor;

– Tinta PVA: dá para escolher da cor que quiser – eu decidi comprar a Amarelo Jujuba, que é mais pastel;

– Verniz Acrílico: é um verniz de acabamento – 0 meu é brilhante porque a tinta PVA já deixa aspecto fosco;

– Rolos de Pintura: comprei um menor (5,2 cm) da Roloflex e um maior (9,2 cm) da Tigre;

– Pincel para Acabamento: peguei da minha mãe emprestado, é um chanfrado da Tigre – 815 12;

– Lixas: comprei da Tigre também – uma é bem fininha (400) e a outra tem abrasão média (180);

– Bandeja de Isopor: reaproveitada, é onde geralmente vêm carnes no supermercado;

– Fita Crepe: da 3M, com 2,5 cm de espessura, para criar as listras dos bancos;

– Estilete: da X-Acto, comprei na Grafitti Artes, aqui em Curitiba, para os acabamentos na fita;

– Tesoura: para cortar a fita crepe e as lixas num tamanho bom.

Primeiro passo

Para começar o trabalho, é necessário lixar toda a extensão do banco que receberá tinta. Usei a lixa mais grossa (180) para isso. Tem que tomar cuidado porque o pinus é uma madeira muito mole, que solta ferpas com facilidade. A parte boa é que fica bem lisinha em pouco tempo. A direção da lixa precisa sempre acompanhar os veios da madeira.

Segundo passo

Depois de limpar o excesso de pó com um paninho seco, chega a hora de delimitar a área que não vai receber a tinta. É importante ser caprichosa nessa etapa, cobrindo com fita crepe as áreas internas do banco, que correm o risco de ganhar uns respingos. Como o assento é circular, fui cortando o adesivo que sobra com estilete.

Decidi fazer um dos bancos com listras – criadas com a ajuda da fita crepe – e o outro com o assento totalmente pintado. Marquei as áreas em que a tinta deveria parar com o adesivo. Minha inspiração foram os móveis com pontos de cor na madeira, que eu vi nesse post do blog Casa de Colorir. Quando postei os bancos no Insta, algumas pessoas me perguntaram por quê eu não pintei tudo – e a resposta é essa: pra deixar parte colorido e parte natural.

Terceiro passo

Quando toda a fita crepe estiver colada, dá para passar a Base para Artesanato com a ajuda do rolo de pintura. Derramei um pouco da base branca sobre isopor e fui passando o rolo em vai-e-vem para a tinta impregnar – usei o mesmo movimento para pintar os bancos. Foram duas camadas para ficar tudo uniforme. O tempo de secagem não é demorado – cerca de meia hora – e dá para acelerar o processo com a ajuda de um secador de cabelo.

Quarto passo

É bacana lixar a base branca seca com a lixa mais fina (400) para um melhor acabamento. Tem só que tomar cuidado para não tirar a fita crepe do lugar! Feito isso, precisa limpar o excesso de pó e partir para a pintura colorida. O processo é o mesmo descrito anteriormente. O que mudou, no meu caso, foi a quantidade de camadas: passei três para ficar bem uniforme, sempre esperando o tempo de secagem entre uma e outra. Quando senti necessidade, passei a lixa fina onde queria antes de mais uma demão. Ah, e o pincel pequeno foi meu aliado pras áreas mais chatas de alcançar, onde o rolo não dá conta.

Dica: Fez sujeira onde não devia? Basta usar um paninho molhado para consertar enquanto a tinta ainda estiver sem secar.

Quinto passo

Aí vem a parte legal: tirar a fita crepe! É muito emocionante, mas tem que se segurar até a tinta ficar bem sequinha – caso contrário, as linhas vão ficar meio tortas. Qualquer eventualidade de acabamento pode ser corrigida com o pincel pequeno. Usei ele em vários lugares e depois lixei com a lixa fina.

Sexto passo

Tá quase, tá quase! O sexto e último passo é usar o Verniz Acrílico para selar. É ele quem vai impedir estragos com sujeira ou água nos bancos. Também usei o isopor como suporte e o rolinho. A textura é bem líquida e fica transparente na madeira. O bom é que o brilho fica tão discreto que quase não dá para ver.

E voilà!

Prontinho! Bancos feitos do jeitinho que eu queria para alegrar a decoração. Não vou mentir: dá trabalho, sim, mas é terapêutico também. Mesmo ansiosa para ver pronto, fui fazendo aos pouquinhos, respeitando cada etapa. Fica a dica para quem quer soltar a imaginação e dar um toque pessoal a qualquer ambiente!

Gostaram? Quem for se aventurar coloca foto no Instagram com a hashtag #vinocoisasdediva pra eu ver, hein?

Aproveitando a onda DIY, nesse post ensino a decorar a própria louça com caneta para porcelana!