Reflexão

Sobre guardar memórias para sempre

02/06/2016

Uns dias atrás, sentamos para tomar café eu, minha mãe e meu pai. Papo vai, papo vem, começamos a falar da minha avó, que já faleceu. Éramos muito próximas e reconheço muito dela em quem sou hoje. Naquele misto de alegria pelas boas lembranças e de tristeza pelas saudades, meu pai se levantou e saiu.

Eu sabia que ele não estava chateado por causa da conversa. Bem pelo contrário: meu pai é um cara nostálgico, daqueles que valorizam o passado e mantêm com cuidado tudo o que podem dos seus familiares. Foi então que ele ressurgiu na cozinha com um caixa de guardados.

Eram cartões postais, carteiras (de identidade, de trabalho, de motorista), cartas, cadernos, fotografias, tudo pertencente a pessoas ligadas à minha vó – e a ela própria. As primas do Rio que contavam como havia sido o Carnaval de 45, um caderno de recados dos colegas de escola da oitava série com a mensagem e o retrato daquele que poderia ter sido um grande amor, o relato das férias em Fortaleza…

memórias

Alguns retratos que fiz da minha avó para um trabalho da faculdade, em 2004

Aquele compilado de lembranças mexeu muito comigo. Voltei para casa atordoada. Como estava eu fazendo para guardar as minhas próprias memórias pra posteridade? Lembrei dos antigos computadores, dos disquetes, das contas de e-mails abandonadas, do Fotolog, do Orkut… E percebi que os últimos 10 anos da minha vida estavam perdidos na nuvem – e não nessa moderna que agora usamos.

Acho que nas minhas últimas fotos de aniversário que foram efetivamente reveladas eu devia ter uns 18 anos. Então a conta cresceu. É, já são 12 anos com os registros todos soltos em meio à tecnologia e suas mudanças. Porque, não dá para negar, ela é maravilhosa, sim, mas se transforma muito rápido. É tão instantânea que um vídeo no Snapchat dura somente 24 horas.

Fiquei imaginando se um dia meus netos vão poder ver com tanta riqueza de detalhes a vida da vó deles. Se vão poder saber que – vejam só! – ela era blogueira (“nossa, que profissão mais antiga!”), que um dia a moda era tingir o cabelo de cinza, que ela escreveu esse texto pensando justamente numa forma de deixar essas informações todas para eles. Será que vai ter jeito?

Perdida em todos esses pensamentos, decidi trocar o certo pelo duvidoso. Já tinha o costume de guardar bilhetes, cartões, cartas, mas agora quero estender isso para muito mais. Estou com vontade de criar algo que chamei mentalmente de caderno de memórias. Algumas fotos, os escritos mais especiais, pensamentos meus, experiências que tive… Um objeto que eu possa carregar comigo para onde for.

Deixarei ainda muitas páginas em branco para tantas coisas que ainda estão por vir. Mas pelo menos 1/3 da história já está escrita: e ela precisa ser preservada porque, se é importante para mim, sei que um dia será importante para alguém que cruzará a minha vida.

Escrevo esse texto em memória da minha eterna vó Baiana (ou vó Baiaia, para os netos). A senhora me inspirou em muitos níveis e poder lembrar um pouquinho da sua essência, naquele dia, me fez feliz. Obrigada pelo generoso ensinamento dado à distância. Amo você.

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52 comentários

  • responder Caroline 02/06/2016 às 09:41

    Que lindo, Thais! <3

  • responder Alessandra 02/06/2016 às 10:11

    Extremamente sensibilizada com este texto, Thais. Vai fazer um mês dia 07 que a minha avó faleceu. E hoje acordei meio down… Somente quem teve esse contato intenso com os avós sabe a falta que eles fazem. A nós fica a lembrança de cada detalhe intenso da nossa convivência, que eu tenho certeza que os avós fizeram de tudo para ser a mais feliz possível. Concordo com vc, acho que devemos criar sim lembranças paupáveis de pessoas queridas, pois nesse espaço cibernético, tudo se perde de maneira muito fácil.

  • responder Daniele Machado 02/06/2016 às 10:15

    Nossa Thais,
    Caiu um cisco no olho agora. Realmente, vale muito a pena pensar sobre que deixaremos de lembranças para os nosso descendentes. Ótimo texto!

  • responder Raquel 02/06/2016 às 10:20

    Oi Thais! Lindo seu texto. Seus textos sempre me “incomodam” um pouco, pois mexem comigo. Outro dia salvei um drive com umas fotos antigas e pensei, putz quantas lembranças esquecidas e deixadas pra trás.
    Obrigada por me “incomodar”, viu? Me ajuda sempre! =)

  • responder Alice 02/06/2016 às 10:22

    Lindo texto, Thais.
    Tive um pensamento parecido há alguns meses depois de uma conversa com a minha mãe. Ela adora tirar fotos, mas, recentemente, o HD do computador morreu e ela perdeu tudo. Estava devastada. E aí comecei a pensar na possibilidade de imprimir algumas fotos. Por que não ter feito isso antes? Parece bobagem, mas você só pensa nisso depois que algo ruim já aconteceu.

    • responder Thais Marques 07/06/2016 às 18:08

      Tadinha! Melhor é garantir de outra formas, não é mesmo? 🙂

  • responder Thaís 02/06/2016 às 10:25

    Sempre penso nisso, no quanto deixamos nossas memórias atreladas somente à tecnologia. Mas nunca tomo providências. Acho que agora vou me inspirar e mexer com isso nas férias. Revelar fotos de uns 10 anos e quero fazer pelo menos um quadrinho de viagem igual a Sá ensinou. As lembranças palpáveis parecem mais reais né? E assim a gente se lembra das coisas boas com mais frequência.

  • responder Ana Artuso 02/06/2016 às 10:39

    Thais,

    Eu sempre revelo as fotos mais importantes, e faço álbuns no estilo scrapbook… Da pra anotar, guardar bilhetes e etc… Vem aqui em casa q eu te ajudo… 🙂

  • responder Lud Rodovalho 02/06/2016 às 10:42

    Oi Thais!
    Que texto lindo! Adorei.
    Me identifiquei muito. Também já pensei muito sobre isso, e tento deixar essas lembranças também.
    Comprei há uns 2 anos os livros “uma frase por dia” e o “question a day”, já ouviu falar?
    São bem legais, tanto pra nós, donas, que vemos o tempo passar nos 5 anos que duram os livros, como pra um futuro… quem sabe alguém se interesse em saber da minha vida num futuro.
    Eu amaria ter algo assim das minhas vovózinhas e vovôs.
    Beijo enorme!
    ADORO seus snaps
    (sonho com aquela marmita da churrascaria! hahahaha)

    • responder Thais Marques 07/06/2016 às 18:11

      hahahahaha, Lud, aquela marmita, ó: <3

      Já tinha ouvido falar desses livros interativos, mas não esses assim, com duração de 5 anos. Gostei muito. Vou procurar! Obrigada! 🙂

  • responder Érica 02/06/2016 às 12:53

    Que texto lindo! Quase todos os dias leio o blog de vcs, mas nunca comento rs. Sempre amo as resenhas dos produtos, contudo os textos de vcs sobre reflexão e cotidiano tem sido ótimos tb! Mto bacana ver essas mudanças de vcs e nós, leitoras, nos identificarmos cm esse conteúdo lindo e diferente que vcs estão expondo!

  • responder Camila 02/06/2016 às 13:57

    Que linda homenagem, Thai!! Sua vó devia ser uma fofa!!! Minha conterrânea! Tb sou baiana! É muito bom rever fotos antigas, amo! É melhor ainda mantê-las sempre guardadinhas em local especial para sempre relembrarmos!
    Bjos!

    • responder Thais Marques 07/06/2016 às 18:14

      Ela era bem espevitada, não parava quieta! O pai dela, meu bisavó, era baiano, mas ficou para ela o apelido! hahahaha Coisas de antigamente!

  • responder Marília 02/06/2016 às 14:02

    <3 saudades da minha vó baiana… chorei!

  • responder Anne 02/06/2016 às 14:51

    Nossa Thaís, seu texto me fez refletir também, tenho muita coisa guardada no computador e às vezes nem lembro o que tenho… eu acho que faz bem imprimir as coisas mais importantes e guardar numa caixinha, pra não correr o risco de perder. Penso muito que no futuro nossas lembranças podem se perder nessa nuvem, e não teremos como recuperar!
    http://www.simpleness.com.br

  • responder viviane F 02/06/2016 às 15:31

    Pode ter certeza ela esta muito feliz por vc ter dedicado um pouco do seu tempo a ela.
    Eu tb perdi a minha avó a pouco tempo e me arrependo tanto de não ter aproveitado mais os momentos com ela. Guardo fotos e muitas outras coisas dela. Mas o principal ela esta no meu coração.

    • responder Thais Marques 07/06/2016 às 18:15

      Exato! Pode crer, ela está pertinho de você todos os dias. Eu acredito muito nessa presença de amor!

  • responder Laura 02/06/2016 às 15:47

    Puxa… Pode chorar só um pouquinho?
    Me deu uma saudade dos meus avós que já se foram.. Engraçado que eu ainda tenho ( na casa dos meus pais por uma questão de espaço) uma caixa imensa com cartas trocadas desde os tempos de criança, cartões de aniversário, bilhetes que a gente trocava entre amigos na época da escola e faculdade, até cartas de ex namorados ( que meu marido não faz ideia que estão lá), convite de casamentos de amigos, etc Simplesmente fui guardando e foram ficando. Até hoje tenho dó de jogar fora…
    Tenho dois filhos pequenos e pra eles escrevo uma espécie de diário com pequenas coisas que eles fazem que considero fofas, deixo declarações de amor, falo de pequenas conquistas deles ( qdo comem a primeira papinha, começam a engatinhar etc). É minha maneira de registrar os momentos marcantes ( por mais que tenhamos tirado fotos e feitos vídeos).. Já que as vezes as palavras realmente passam a verdadeira emoção que estamos sentindo… E espero entregar isso pra eles quando eles forem maiores pra que eles guardem e possam sempre ler qdo quiserem se lembrar de mim ( e saber como era a infância deles)

    • responder Thais Marques 07/06/2016 às 18:16

      Nossa, Laura, que ideia sensível! Gostei muito! Continue, tenho certeza de que seus filhos vão adorar ler tudo isso no futuro. <3

  • responder Silmara 02/06/2016 às 15:53

    Ai Thais, amei esse texto, também me pego pensando, às vezes, como teremos recordações físicas no futuro se hoje tudo é virtual, nem fotos mais a gente sai por aí imprimindo, como antes… E essas lembranças são muito importantes! Beijo! Amo o blog, venho aqui umas 3 vezes ao dia (a loka rsrs).

  • responder ana 02/06/2016 às 16:11

    tenho evitado guardar coisas fisicas, estou tentando seguir uma vida mais simples, com menos coisas e estou me sentindo otima e mais organizada com esse desapego! mas cuido muito das minha me memórias virtuais. estão muito organizadas e adoro olhar para elas, relembrar 🙂 tem uma coisa que me irrita no snapchat é justamente essa efemeridade da informação e da memória. poxa, fazemos algo legal e não fica nem um histórico para os amigos matarem as saudades? não gosto!

    • responder Thais Marques 07/06/2016 às 18:19

      Que bacana, Ana. Acho que você tem que fazer aquilo que corresponde à sua verdade mesmo! 🙂 Sobre o Snap, o único jeito é salvando os vídeos e arquivando depois como você desejar mesmo…

  • responder Rose Lourenço 02/06/2016 às 16:56

    Gostei muito do seu texto, e como esses momentos com seus pais, e as lembranças de sua avó foram importantes. Eu ando na contramão do que é comum hoje em dia. Amoooo fotos e depois de ler o seu post, foi fazer as contas de quantas fotos eu já tinha revelada. E para a minha surpresa, na verdade ESPANTOOO, eu tenho quase 9000 fotos reveladas. Isso mesmo; quase 9 MIL FOTOS REVELADAS. Não trabalho com fotos, é hobby mesmo. E mais que isso, estão todas em ordem cronológicas de acontecimentos, datadas e sequenciadas. Então, a minha história, da minha família, o crescimento dos meus filhos, as fases, os amigos, os passeios, tudo registrado para a posteridade. Ahhhh como eu amo fotos. bjosss

  • responder Julia Kubrusly 02/06/2016 às 22:28

    Desde uns 12 anos tenho hábito de escrever diários, algumas épocas escrevo pouco, em outras escrevo mais, mas nunca parei e uma coisa que amo é reler diários antigos, tão bom ver quem eu era (e às vezes tão vergonhoso hahaha) e quem me transformei. Tenho um projeto de revelar fotos tbm, mas esse tô sempre adiando. Adorei a ideia.
    http://www.issoaquiloetal.wordpress.com

  • responder Alissandra oliveira 02/06/2016 às 22:41

    Eu me enrolo pra imprimir algumas fotos …e elas se perdem. Seja no celular roubado, no pendrive que estragou e não abre de jeito nenhum…( its me). Mas seu texto me lembrou de um caderno que fiz pro meu filho, hj com 4 anos. A pequena historinha: nunca quis ser mãe, sempre achei que não teria paciência e não seria boa nisso.
    Mas aí eu conheci meu marido, e , por acidente, eu engravidei. Chorei a noite interinha…sem exagero. Não sabia o que eu ia fazer. Mas o dia amanheceu e eu falei que ia ser mãe e ia dar tudo certo.
    E relatei tudo isso no caderno. Com fotos, exames, ultrassom, tudo….e de vez em quando do vou ler ..pq foi e é a melhor experiência que eu pude ter..me mudou. E a pessoa que não se via mãe, hj não se vê de outra forma. E esse caderno eu guardo com muito carinho..pq quando ele for adulto quero dar de presente a ele. Pra que ele entenda e sinto o quanto foi amado, desde o segundo dia…hehehehehehe. E não tem só os momentos bons, tem os perrengue tb….

  • responder Zilandra Batista Rodrigues 02/06/2016 às 23:17

    RELEMBRAR EM SEMPRE MARAVILHOSO, SERVE ATE PARA GENTE VALORIZAR MUIT NOSSO HJ
    BJSSS

  • responder Bianca 03/06/2016 às 02:43

    Thais, isso é uma coisa que acho bastante importante e significativa.. e na verdade um hobby muito grande no mundo que é basicamente isso é o scrapbook, o project life. Quando você começa a ver que é tao bonito, e que existem muitas formas de conseguir guardas memórias atuais por anos, sem que elas se deteriorem, e de uma forma que seja só sua, é muito legal. Talvez você pudesse começar a ver algo sobre, a comunidade internacional sobre o assunto é bem grande e no Brasil também, e se você gosta de coisas manuais (como sei que gosta), você pode querer mergulhar nisso de cabeça. Vai ver que as washi tape surgiram meio que nesse meio. Enfim, espero que isso te ajude, já que também acho que a memória é importante, e que as pessoas ficarão felizes de ter acesso a esse tipo de coisa num futuro. E por favor, se você realmente quiser fazer posts sobre o assunto, tenha certeza que aqui já terá a primeira leitora, mas muitas mais virão (;

    • responder Thais Marques 07/06/2016 às 18:23

      Bianca, acho muito legal a ideia do scrapbook! Tenho uma amigona que é fã também. Quem sabe possa começar a fazer como forma de guardar as coisas importantes da minha vida!

  • responder Luciana 03/06/2016 às 08:16

    Como não se emocionar com o seu texto Thaís?!
    Revivi algumas lembranças através dele…
    Tenho o hábito de revelar fotos, principalmente as do meu filho. Uma vez por ano seleciono as fotos das datas marcantes, as foto especiais da família, de lugares que estivemos e revelo.
    Gosto de guardar as fotos que eram da família também, tipo tenho fotos que eram das minhas avós que estão comigo, algumas do meu tio, etc. Comigo sei que estão seguras e guardadas. Essas memórias são a nossa história e é tão bom mantê-las vivas e transmiti-las para as novas gerações que não param de chegar.

  • responder Fernanda Gabriela 03/06/2016 às 10:00

    Já me peguei com essa angústia muitas vezes… Hoje o tempo passa tão rápido que tem coisas que lembro que aconteceram, mas não lembro quando… Engraçado que, na adolescencia, eu guardava tudo! Panfletos, ingresso de cinema, recortes de revistas de coisas q eu amava, textos com sentimento… E issso tudo se perdeu por causa do que: da internet. Nós humanos perdemos nosso prumo e essência muito fácil. É preciso mesmo puxar o freio e voltar a ser quem nós precisamos ser. Lindo o texto, Thais! Tb quero voltat a guardar essas “tralhas” do coração… Nós não vivemos numa nuvem, nem em um plano elétrico e etc… Precisamos mesmo desse senso de “eu existi” físico. Faz bem para a alma e a cabeça. Bjs e depois faz um update sobre o tema.

  • responder pamela 03/06/2016 às 10:25

    Oi, Thaís,

    é muito importante mesmo preservar as memórias, nossas e das pessoas que amamos. No pinterest eu achei um painel de scrapbook e de book of life (o projeto é fazer fotos/relatos pra cada ano da vida). Dá uma olhada lá, tem mil ideias maravilhosas de como guardar essas coisas.
    bjs

  • responder Jaqueline Peres 03/06/2016 às 10:25

    Ah que belo texto! Amo tirar fotos com todos. Desde ano passado tô nesse projeto nostalgia. Levei várias fotos de anos diferentes para revelar. É maravilhoso ter todas aquelas lembranças nas mãos. Vale a pena. Essa ideia do caderno também é ótima.

  • responder Natali 03/06/2016 às 15:09

    Thais, lindo seu texto <3
    Infelizmente não conheci nenhum dos meus avós, mas sempre ouço com atenção quando meus pais falam sobre eles!
    Há uns tempos atrás revelei todas as fotos de momentos importantes da minha vida e estou montando um scrapbook. Adoro fazer coisas manuais, DYD…e é muito muito muito gostoso (pra mim) trabalhar com scrap.

  • responder Márcia Daniella 03/06/2016 às 22:02

    Que lindo, Thais. Sinto uma saudade imensa de minha avó Rita também. As memórias são mesmo um cantinho de carinho dentro da gente.

  • responder Miriã Andrade 04/06/2016 às 16:52

    Lindo e emocionante, Thais! Obrigada por dividir com a gente! <3

  • responder Gabriela R. Salomon 07/06/2016 às 16:43

    Texto muito lindo, Thais. Também vejo TODAS as minhas fotos estão no meu computador e por que não revelar, né? Ter a lembrança com algo concreto. (:

  • responder Ana C 09/06/2016 às 23:28

    Sou leitora do blog tem muitos anos, e acho que nunca cheguei a fazer comentários mas preciso dizer, que post lindo! Parabéns, me emocionou, minha vô também é muito importante e me identifiquei com tudo que escreveu. <3

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